Energia Solar por assinatura é permitida no Brasil e aumenta o número de assinantes em 4 vezes.
Desde 2016, brasileiros podem aderir à “energia solar por assinatura”, que lembra o serviço de streaming e que é uma alternativa para quem não tem condições de instalar placas solares. O consumidor se beneficia de energia gerada em outro lugar.
Segundo a Sun Mobi, empresa do setor, o número de assinantes quadruplicou no primeiro semestre, comparado ao ano passado em São Paulo, reduzindo a conta de luz do assinante em 15%. Para Edson Silva e Mônica Markunas, assinantes desde 2017, o telhado do imóvel onde vivem não tinha espaço para placas solares.
Ambos desejavam uma solução mais barata do que a instalação, que passava dos R $20000 para até quatro pessoas, na época. E isso desconsiderando possíveis gastos com a manutenção.
Como funciona a energia solar por assinatura?
O termo “energia solar por assinatura” significa geração compartilhada de energia solar. Na prática, o modelo permite criar uma fonte de energia renovável (como uma placa solar) e compartilhar com outras pessoas. Por exemplo, um grupo de pessoas pode instalar placas solares, conectá-las entre suas casas, dividir e baratear custos de energia entre si.
Nos últimos anos, empresas criaram “fazendas de energia solar”, campos com painéis solares em áreas de sol. Daí, a energia gerada é compartilhada entre moradores próximos e beneficia até quem está longe. O assinante distante pode comprar “parte” da energia da fazenda. A fatia é então usada para diminuir as contas de luz.
O modelo de energia compartilhada foi criado em 2012 e aprimorado em 2015. Até o ano, a prática não era regulamentada pela Aneel. A limitação de energia própria é de 5 megawatts.
Economia na prática
A redução média dos custos de energia elétrica é um pouco menor do que a que a empresa promete e se aproxima de 10%. Mônica afirma que, além da economia, é um incentivo às energias cada vez mais limpas. “É uma forma de nos tirar do apuro da mudança climática e pensar sobre nosso legado.”
“Nosso serviço não possui taxa de cancelamento, de adesão, e o contrato não tem prazo“, explica Alexandre Bueno, cofundador da empresa. A ausência de cabos é outra semelhança com o streaming. Todo mês, créditos comprados são usados para anular os gastos obrigatórios da distribuidora de energia. Até moradores de férias são cobrados.
A população de Araçoiaba da Serra e Porto Feliz, onde ficam as fazendas de energia solar da Sun Mobi, recebe a energia diretamente da fazenda, pelos próprios cabos da distribuidora. Um painel – conectado ao aplicativo – exibe o consumo do imóvel em tempo real e facilita equilibrá-lo. O cancelamento do serviço é válido até 60 dias de uso.
Rodolfo Molinari, conselheiro da Absolar, diz que a energia compartilhada permite ao assinante refletir sobre o próprio consumo. E, no caso das empresas, oportuniza produtos e serviços com certificações sustentáveis.
(Restaurantes estão entre os que mais utilizam o serviço da Sun Mobi, com 13% da fatia).
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